Hoje partilhamos convosco um pequeno excerto do livro "Daqui a Nada", do jornalista da SIC Rodrigo Guedes de Carvalho.
"(...) quando soube que tinhas morrido, pensei que não iria sofrer. Pensei que estavas já demasiado ausente, há muito tempo, pensei que sempre tinhas estado morto. E agora, lembrando o passeio que dei hoje à tarde pelo meio das campas, penso em ti. Penso que foste estúpido, penso que fui estúpida, penso que adiámos demais, talvez por pensar que éramos eternos, e acabamos assim - já reparaste? - por dar razão aos imbecis dos ditados populares que dizem que não se deve deixar para amanhã. Penso em ti e afinal fazes-me falta. Não sei se estas coisas se costumam dizer aos mortos, mas dorme bem. Descansa. Se quiseres, eu peço às nuvens para passarem sem fazer barulho. Peço às árvores para te darem sombra. E se te apetecer falar comigo, não o faças. Porque já não o podes fazer."
Vale a pena pensar nisto...
Nem sempre o SILÊNCIO é de Ouro!!
Porque "nem sempre o silêncio é de ouro," aforismo com que concordamos, é que se torna necessário, em tempo oportuno, praticar um gesto de solidariedade, ou dar palavras de ânimo e estímulo a quem precisa. Por vezes isto faz a diferença para amenizar o infortúnio que tantas vezes bate à porta do nosso semelhante!
ResponderEliminarZéfoz, as suas palavras vieram dar maior ênfase à questão que aqui quisemos expor e partilhar... e inspiram elevada reflexão! Muito obrigada por enriquecer este blogue!!
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