Mais pertinaz do que o ódio, mais intensa do que os ciúmes, tão antiga como o ser humano. A inveja é universal, mas ninguém admite senti-la!
A inveja constitui um tabu social que se carrega em silêncio, porque, no fundo, implica uma admissão de inferioridade que não convém revelar em público. Este comportamento, segundo o sociólogo Francesco Alberoni, da Universidade Livre da Língua e da Comunicação, de Milão (Itália), deve-se ao facto de a inveja ser, essencialmente, "uma reacção perante o reconhecimento da derrota".
Confrontados com o inalcançável e na tentativa de negar a frustração que nos produz, agimos de formas muito distintas. Algumas pessoas optam por imitar a figura que invejam (ou admiram) - a inveja emulativa (sã) pode constituir um estímulo, pois leva-nos a procurar redobrar os esforços para atingir o mesmo êxito; outras, se forem incapazes de atingir o mesmo objectivo, mergulham na depressão - a inveja depressiva pode nos fazer sentir uns inúteis; um terceiro grupo de indivíduos escolhe criticar, ou mesmo conspirar contra as pessoas que os ultrapassaram - a inveja hostil pode nos levar a odiar a pessoa invejada. Tudo depende da importância que se atribui ao objecto da nossa inveja e, sobretudo, do invejado.
Sentimos, então, inveja quando verificamos que outra pessoa ficou com algo que desejamos intensamente, ou consegue alcançar o que para nós é impossível. O resultado, em qualquer dos casos, é que a nossa auto-estima se ressente.
Exposto isto, alguns sociólogos, como o italiano Francesco Alberoni, autor de Os Invejosos, afirmam que é possível "domesticar" este desagradável sentimento. Para isso, sugerem que se sigam alguns passos:
Reconhecer que se é invejoso.
Expressar a inveja com humor.
Compreender o que se esconde por detrás dela. Poderá ser, por exemplo, um anseio de adolescência não satisfeito ou expectativas para a vida adulta não concretizadas.
Relativizar as vantagens dos outros, isto é, dar-se conta de que ninguém é realmente assim tão feliz como por vezes, à primeira vista, vendo de fora, se pode pensar.
Ser imparcial e considerar desapaixonadamente os êxitos alheios.
Não provocar e alimentar inutilmente a inveja por parte dos outros.
Já D. Quixote dizia: "Todos os vícios, Sancho, trazem consigo um não sei quê de deleite; mas o da inveja não, só desgostos, rancores e raiva."
(Fonte: revista Super Interessante, Nº 68)
Confrontados com o inalcançável e na tentativa de negar a frustração que nos produz, agimos de formas muito distintas. Algumas pessoas optam por imitar a figura que invejam (ou admiram) - a inveja emulativa (sã) pode constituir um estímulo, pois leva-nos a procurar redobrar os esforços para atingir o mesmo êxito; outras, se forem incapazes de atingir o mesmo objectivo, mergulham na depressão - a inveja depressiva pode nos fazer sentir uns inúteis; um terceiro grupo de indivíduos escolhe criticar, ou mesmo conspirar contra as pessoas que os ultrapassaram - a inveja hostil pode nos levar a odiar a pessoa invejada. Tudo depende da importância que se atribui ao objecto da nossa inveja e, sobretudo, do invejado.
Sentimos, então, inveja quando verificamos que outra pessoa ficou com algo que desejamos intensamente, ou consegue alcançar o que para nós é impossível. O resultado, em qualquer dos casos, é que a nossa auto-estima se ressente.
Exposto isto, alguns sociólogos, como o italiano Francesco Alberoni, autor de Os Invejosos, afirmam que é possível "domesticar" este desagradável sentimento. Para isso, sugerem que se sigam alguns passos:
Reconhecer que se é invejoso.
Expressar a inveja com humor.
Compreender o que se esconde por detrás dela. Poderá ser, por exemplo, um anseio de adolescência não satisfeito ou expectativas para a vida adulta não concretizadas.
Relativizar as vantagens dos outros, isto é, dar-se conta de que ninguém é realmente assim tão feliz como por vezes, à primeira vista, vendo de fora, se pode pensar.
Ser imparcial e considerar desapaixonadamente os êxitos alheios.
Não provocar e alimentar inutilmente a inveja por parte dos outros.
Já D. Quixote dizia: "Todos os vícios, Sancho, trazem consigo um não sei quê de deleite; mas o da inveja não, só desgostos, rancores e raiva."
(Fonte: revista Super Interessante, Nº 68)
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