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Promover a Leitura

Os números desmentem a ideia de que se lê cada vez menos: os portugueses leem mais jornais, mais revistas e mais livros. Mas promover a leitura é uma missão continuamente inacabada, alertam os especialistas.
À primeira vista, a realidade é desanimadora: Portugal está na cauda da Europa em relação à leitura. O número de pessoas que leu pelo menos um livro nos últimos 12 meses mal ultrapassa os 40% (segundo as estatísticas da Eurostat) e uma em cada três pessoas confessa nunca ler jornais.

No entanto, os especialistas determinam a leitura destes números com algum distanciamento e muita cautela. Não só o país partiu em desvantagem, pois durante o século XX viveu 40 anos sob um regime de ditadura, sob censura e com níveis de escolaridade muito baixos, como os indicadores internos permitem olhar para o futuro com otimismo, uma vez que existe uma evolução significativa e a tendência continua a ser de melhoria.
Entre 1988, quando foi realizado o primeiro inquérito sociológico sobre hábitos de leitura em Portugal e 2007, ano a que se reporta o último estudo promovido nessa área, as diferenças são positivas. E o mesmo acontece tomando como base o ano de 1995.
A melhoria dos níveis de escolaridade e socioculturais são condições importantes para melhorar os índices de leitura. Mas os estudos mostram que o contexto familiar também é muito relevante. É preciso não esquecer que há um trabalho constante a fazer com os mais novos e também que é necessário algum esforço para não perder esses leitores em momentos-chave das suas vidas (ex: entrada no mercado de trabalho; nascimento dos filhos; …)

Melhorar os níveis de escolarização cabe aos governos, promover a leitura está ao alcance de todos!


(artigo de Helena Viegas, publicado na Revista Montepio n.º 10 – série II)

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