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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2009

O Vendedor de jornais

«Como sempre, como em todos os dias, fui comprar o jornal num posto de venda, próximo da minha casa. Naquele dia, acompanhava-me um amigo. Como sempre, saudei o vendedor com um "Bom dia!", a que ele, como sempre, não respondeu. Pedi o jornal e, como sempre, com cara de poucos amigos, deu-mo displicentemente. Disse-lhe "obrigado", como sempre. E ele, como sempre, nem olhou para mim. O meu amigo, no regresso, disse-me: - Que senhor tão antipático! - Sim, - respondi - é sempre assim! - Como? - disse ele - Trata-te sempre assim e tu ainda vens cá, e lhe agradeces?! - Sim, - respondi-lhe - eu decido o que faço! Não quero deixar as minhas decisões na sua antipatia ou no que ele faça ou deixe de fazer. Além disso, quem sabe porque é que ele tem esse feitio? Deve ser muito infeliz por ser assim. Como vou fazê-lo ainda mais, se não vier cá comprar-lhe o jornal e não o cumprimentar? - Seja como quiseres, - disse-me o meu amigo - mas eu iria comprá-lo a outro lado! - Essa é um

E Depois do Adeus...

Hoje partilhamos convosco um pequeno excerto do livro " Daqui a Nada ", do jornalista da SIC Rodrigo Guedes de Carvalho. "(...) quando soube que tinhas morrido, pensei que não iria sofrer. Pensei que estavas já demasiado ausente, há muito tempo, pensei que sempre tinhas estado morto. E agora, lembrando o passeio que dei hoje à tarde pelo meio das campas, penso em ti. Penso que foste estúpido, penso que fui estúpida, penso que adiámos demais, talvez por pensar que éramos eternos, e acabamos assim - já reparaste? - por dar razão aos imbecis dos ditados populares que dizem que não se deve deixar para amanhã. Penso em ti e afinal fazes-me falta. Não sei se estas coisas se costumam dizer aos mortos, mas dorme bem. Descansa. Se quiseres, eu peço às nuvens para passarem sem fazer barulho. Peço às árvores para te darem sombra. E se te apetecer falar comigo, não o faças. Porque já não o podes fazer." Vale a pena pensar nisto... Nem sempre o SILÊNCIO é de Ouro!!

Mão Estendida...

Muitos julgam que só os feitos excepcionais ou os actos de heroísmo podem fazer um mundo melhor e mais empolgante. Porém é no conjunto dos pequenos esforços, dos pequenos actos de bondade e de solidariedade que se concentra a nossa contribuição para o bem-estar do próximo e até de nós mesmos! É através destes Pequenos Grandes Gestos que se constrói um mundo mais promissor! Todos os dias nos surgem oportunidades de amenizar a vida de alguém, através de uma mão estendida, uma palavra de estímulo, um sorriso... Podemos ser uma fonte de força para os que nos cercam. A longo prazo, esses pequenos actos de amor podem ter mais significado do que um feito singular. Precisamos de estar relacionados com pessoas, porque necessitamos delas... porque nos faz falta a sua ajuda, a sua presença, o seu carinho, a sua atenção!... Desculpem dizer-vos, mas, infelizmente, muitas vezes procura-se a relação só por um benefício egoísta! Procura-se quem é útil e pode ajudar em qualquer momento... Se não pode b

É hora de dizer... BASTA!

Ao folhear o Diário de Notícias de 18.06.2009, deparámo-nos com a seguinte notícia: «As agressões no seio familiar, de filhos contra os pais, aumentaram. Só no ano passado, a Associação de Apoio à Vítima (APAV) registou 501 novos casos, o dobro em relação a 2004. Segundo o presidente João Lázaro, está já a ser preparado um relatório dedicado a esta matéria e as próprias equipas dos centros de apoio estão a receber formação específica e a apostar na prevenção. O responsável disse ontem ao DN que, em 2004, registaram-se 299 casos (242 contra as mães). As mulheres também foram as principais vítimas no ano seguinte, com registo de 252 casos (214 dos quais contra elas). Estas agressões continuaram a aumentar em 2006, com 275 ataques, e em 2007 quase duplicaram para 594. De acordo com a psicóloga da APAV, Helena Sampaio, a maior parte das vítimas são idosas agredidas pelos filhos - alguns dependentes do álcool e da droga. Mas já há pais que são vítimas dos filhos adolescentes. "As cama

De pequenino se torce... a Poupança!

"A educação e a formação são o ouro, as minas, de um povo. Um povo que cuida da formação dos seus jovens é um povo que vai mais longe. É o que há de mais rico e importante." (Maria Cavaco Silva) «A primeira-dama não tem dúvidas de que este é um tempo que coloca grandes desafios aos jovens e que a aceleração que marca o mundo actual levou a um acentuar do fosso geracional: "Os jovens encontram sempre um mundo diferente daquele que encontraram os pais e os avós. Quando olhávamos para trás ainda encontrávamos algumas referências, coisas que permaneciam iguais. Hoje, quando os jovens olham para os pais e avós, já têm poucas coisas que continuem iguais". Na opinião de Maria Cavaco Silva "existe uma noção falsa, sobretudo junto dos mais pequenos que têm todas as necessidades básicas resolvidas, da facilidade do dinheiro". O que leva a que as gerações mais novas tenham mais dificuldade em lidar com situações de crise. "Uma das viragens que terá que acontecer

Vida Feliz...

A equipa do psiquiatra George Valliant da Universidade norte-americana de Harvard, divulgou recentemente as conclusões de um estudo de décadas, sobre os factores que levam a uma velhice em boa saúde física e mental: - Capacidade de adaptação psicológica a circunstâncias adversas - Bom nível de educação - Uma relação afectiva estável - Não fumar - Não abusar do álcool - Algum exercício físico - Peso dentro dos limites Sigam estas dicas e, como diria Raul Solnado, " façam o favor de ser felizes "!

Sou o Amigo de Sempre!!

«Fiel, o cachorro do meu vizinho caçador, voltou coxo de uma caçada: um terrível engano ia-lhe destroçando a pata dianteira direita. E o pobre animal, que noutros dias tenho de acalmar, para que não me lambuze a cara com a língua, olha-me hoje com olhos tristes, encostado a um canto, como se quisesse explicar-me a sua tragédia com a patita levantada. Mas, mal chegámos a casa e se abriu a porta do carro, foi como se de repente esquecesse todo o seu problema. Fiel sai a correr em direcção às crianças suas amigas, com a pata direita levantada, apoiando-se, com estranhas posições, nas outras três. É como se fizesse de palhaço e pusesse no seu coxeio um pouco de farsa e brincadeira. E corre, salta, sem tocar nunca o chão com a pata ferida. Dir-se-ia que nunca teve senão três patas. Observo-o com espanto e admiração... e penso para comigo... será apenas mérito dos animais que nos ajudam a humanizar as nossas vidas apressadas, tensas, irritadas, ansiosas e cada vez menos disponíveis e solidár

Sem Perda de Tempo...

Lemos algures... "Tenho ganas de descer à esquina, estender a mão, e mendigar aos que passam: Dêem-me, por favor, um quarto de hora!" (Kazantzaki) Diariamente, quantos quartos de hora perdemos nós em ninharias?! Estaremos nós, por vezes, como que anestesiados?! Necessitamos mesmo de mendigar tempo aos outros?! Quem nos responde??

Tostões vrs Milhões

Nos últimos dias temos sido bombardeados, pela comunicação social, com a notícia da contratação de um futebolista, por sinal português, por um grande clube espanhol. O dito desportista vai auferir qualquer coisa como 750.000 euros mensais, ou seja, o equivalente a 55 salários mínimos por dia! Exagero?! Injustiça?! Egoísmo?! Ganância?!... Não vamos dirigir a questão nesse sentido. Sabemos, isso sim, que os menos afortunados, que dia-a-dia contam os parcos cêntimos que lhes sobram na carteira, já só desejam que não apertem mais a corda que lhes sufoca a sobrevivência e, dessa forma, os deixem respirar e resistir nesta “selva sem lei”. No outro extremo, os novos-ricos dão-se a luxos, esbanjamentos e, o mais estranho para nós, ainda conseguem a proeza de serem idolatrados e quase elevados à categoria de deuses. Uns a tentar manter a cabeça à tona de água, outros até a dormir enriquecem. Numa sociedade marcadamente materialista e consumista, as assimetrias sociais são cada vez mais notórias

Um Exemplo

07 de Junho de 2008: o Grupo Pão de Açúcar inaugurou o primeiro “supermercado verde”, na cidade de Indaiatuba, no Estado de São Paulo, Brasil. Reconhecido pelo seu pioneirismo na área de responsabilidade sócio-ambiental, conseguiu reunir, num único espaço, práticas de sustentabilidade e avançou com uma série de inovações de estímulo ao consumo consciente. Informação, instalações, produtos e completos processos de reciclagem e aproveitamento de resíduos, foram algumas das ferramentas escolhidas para envolver fornecedores e consumidores acerca de conceitos e práticas de consumo sustentável. Através de muita informação espalhada no interior e exterior deste espaço comercial, os clientes são esclarecidos e incentivados para a mudança e melhoria dos seus comportamentos de consumo. Os preceitos que balizaram a implantação desta loja são simples, eficazes e deveriam, cada vez mais, ser utilizados por todos nós: Reduzir , Reutilizar e Reciclar .

Uma História Real…

«Na véspera tinha-me telefonado um amigo meu para saber se eu estaria livre na manhã seguinte. Era domingo, e disse-lhe que sim. “Poderias então fazer-me um favor?”, perguntou. Não a ele pessoalmente, esclareceu, mas a um amigo que precisava que alguém lhe explicasse a basílica de São Pedro. Respondi que sim, recordando a minha experiência enquanto cicerone dos peregrinos. “Mas – insistiu o meu amigo, com uma voz carregada de mistério – este é um turista todo especial!” “Alguma personalidade?”, perguntei. “Não, é um cego”, disse a voz do outro lado do telefone. Fez uma pausa – a aproveitar o meu espanto –, e logo acrescentou: “Quer ‘ver’ a basílica e, eu pensei que não a veria mal através dos teus olhos!” Senti-me nervoso. Seria eu capaz de fazer “ver” a basílica a um cego? Como explicaria naves e colunas, cúpulas e retábulos? A surpresa começou quando Lourenço Tapia – assim se chamava – desceu do autocarro que parava exactamente a duzentos metros da praça vaticana. Teria uns vinte e c

10 de Junho – As medalhas esquecidas!

“Já chegou o dez de Junho, o dia da minha raça Tocam cornetas na rua, brilham medalhas na praça Quem és tu donde vens, conta-nos lá os teus feitos Que eu nunca vi pátria assim, pequena e com tantos peitos.” (Rui Veloso e Carlos Tê) Este ano as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, realizaram-se em Santarém. Foram agraciadas 36 personalidades, oriundas das mais diversas áreas, numa escolha que, na opinião do Chefe de Estado, pretendeu reflectir o dinamismo da sociedade portuguesa. Sem querer questionar o critério da escolha e muito menos o mérito dos condecorados, queremos tão-somente recordar todos os Homens e Mulheres que por esse país fora, longe das luzes da ribalta, executam trabalhos valorosos e edificantes, servindo o seu semelhante sem esperar receber algo em troca. O reconhecimento, quando acontece, verifica-se quase sempre a título póstumo e, é também por isso, que hoje os saudamos e agraciamos com a “ Grã-Cruz da Ordem da Solidariedade ”. A

Abstenção: o voto dos "sem voz"

" A Parte mais importante do progresso é o desejo de progredir " (Séneca) Portugal foi a votos... Mais importante do que os resultados obtidos por cada um dos partidos concorrentes, é o desinteresse demonstrado pelos portugueses por este acto eleitoral. Num universo de 9.489.277 eleitores, apenas 3.554.931 exerceram o seu direito de voto... O voto é a "arma do povo"! A abstenção torna cada abstencionista num ELO INVISÍVEL da Sociedade! Esta, que se pretende cada vez mais interventiva, dinâmica, cumpridora dos seus deveres e onde cada um reclame e usufrua dos direitos conquistados ao longo dos anos, todos temos que participar e, não faz sentido que, por culpa própria, percamos poder de decisão. Torna-se incómodo e preocupante este enorme alheamento perante um acto cívico e de fundamental importância para todos. Porquê prescindir de um direito consagrado na Constituição? Que força moral têm os abstencionistas para reclamarem sobre a actuação dos governantes? A verdade

Mudar de Agenda

Agora reconheço que “em cada cinco anos” mudamos de Alma em grande parte! Creio nunca ter experimentado, como nesta manhã, o que significa a passagem do tempo pela vida humana! Coisas que há cinco anos me pareceram eternas, já não passam de recordações mais ou menos vagas… "Dores" que pareciam incuráveis, hoje fazem-me sorrir e perceber que eram preciosas para eu poder crescer… Mudar de agenda é um bom exercício de humildade e de reflexão que nos leva a pôr em surdina muitos dos nossos radicalismos!... Mas claro, não é nada fácil! Recordo que, por vezes, me irritavam os conselhos daqueles que me diziam que esperasse, que as minhas angústias ou as minhas inquietações o tempo as havia de amortecer! Hoje descubro que assim é, de facto, é absolutamente verdade… e assim deverá ser! Sei que ao mudar de agenda vou sentir-me como que perdida, receosa… mas também esperançosa… porque é como se quisesse, em cada tentativa de mudança, deixar para trás parte de uma pessoa que eu fui, meno

Um dia todos nós temos o mundo nas mãos…

Vamos reflectir sobre a nossa relação com o mundo em que vivemos? Lamentamo-nos de que as coisas vão mal, aceitamos sem recalcitrar tudo o que se sucede à nossa volta… mas… fazemos, realmente, algum esforço para transformar o mundo?! Humm… é difícil… dá trabalho… Eu… ai, como eu sou comodista! Recebemos diferentes dons de Deus, segundo as nossas capacidades. Mas o importante é desenvolvê-los, fazê-los render… não podemos simplesmente guardá-los dentro da nossa “arca”! Não podemos assustar-nos com os problemas do nosso mundo… O que importa é contribuir para mudar para melhor o nosso mundo, na medida das nossas possibilidades. Todos podemos fazer algo… tornar este mundo um pouco mais acolhedor, mais humano… Todos podemos prestar alguma pequena ajuda aos outros… De nós depende que haja mais justos e bons! “ Era uma vez um homem como todos os outros. Um homem normal. Com qualidades e defeitos. Não era diferente. Mas um dia bateram-lhe repentinamente à porta. Quando abriu, encontrou os seus

O Começo...

Platão disse algo assim: "Nada daquilo que acontece no mundo é mau para o Homem Bom". Pode a injustiça agredir-nos, mas não nos violará... pode a frivolidade cuspir-nos no rosto, mas não nos afogará... pode a maldade assustar-nos, mas não nos envenenará... Só a nossa cobardia, a nossa inércia pode levar-nos ao desalento, à inépcia, à frieza e à inquietação de espírito!... Porque, toda a insensatez da sociedade jamais será capaz de impedir que todas as Coisas grandes e importantes do mundo continuem a crescer de noite, em silêncio, humildemente, sem que ninguém dê por elas... sem se deixar cair na tentação de ter inveja, também elas, dos barulhentos... É que é preciso muita coragem, muita força de vontade, pois se a bondade e o bem combinam com o silêncio, a estupidez anda sempre rodeada de brilho e de barulho! A grande peste do mundo contemporâneo - os jornais e as revistas contribuem decisivamente para isso - está no facto, já assinalado por KierKegaard , de os altifalantes