Avançar para o conteúdo principal

Insatisfeitos...

.
O ser humano está permanentemente insatisfeito. Se não tem nada quer tudo, se já tem tudo quer mais...
Ao invés de dar valor às pequenas coisas que o tornam único quer perder-se no anonimato de uma multidão. Muitas vezes receia mostrar a sua individualidade com medo de chocar os outros, de se evidenciar pela diferença, de exprimir o que realmente sente. E aí refugia-se nos lugares comuns, nas opiniões e palavras alheias... Vive permanentemente angustiado porque, na ânsia de se comparar aos outros, nunca se acha suficientemente bom...
Esquecemo-nos de que somos aquilo que somos somente. Há que apreciar as nossas qualidades que são nossas, e tentar mitigar os nossos pequenos defeitos. Acima de tudo, há que respeitarmo-nos como aquilo que somos e jamais querer mudar simplesmente pelos outros. Muitas vezes na nossa ânsia de agradar sentimo-nos tentados a abdicar de parte daquilo que somos para nos moldarmos às expectativas alheias... e acabamos por viver frustrados num mundo que nos soa estranho, porque não lhe conseguimos imprimir a nossa marca pessoal.
Por isso há que perguntarmo-nos será que vale a pena viver assim, condicionados por estereótipos, regras e vontades alheias? Ou será que devemos aprender a revalorizar-nos de acordo com os nossos próprios padrões, talvez distintos, estranhos para os demais, mas nossos.
.
Artigo escrito por a.dúvida e publicado na Visão
.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Em Vida, Irmão, Em Vida

Se quiseres fazer feliz alguém a quem amas muito, diz-lho hoje, sê bom... Em vida, irmão, em vida. Se desejas dar uma flor, não esperes que morram, manda-a hoje com amor... Em vida, irmão, em vida. Se desejas dizer "gosto de ti" às pessoas de tua casa e ao amigo próximo ou afastado... Em vida, irmão, em vida. Não esperes que as pessoas morram, para lhes quereres bem e fazer-lhes sentir o teu afecto... Em vida, irmão, em vida. Tu serás muito mais feliz, se aprenderes a fazer felizes a todos os que conheceres... Em vida, irmão, em vida. Nunca visites panteões, nem enchas túmulos de flores, enche corações de amor... Em vida, irmão, em vida.   (do livro “Parábolas Como Setas”, de Manuel Sánchez Monge)

Um dia todos nós temos o mundo nas mãos…

Vamos reflectir sobre a nossa relação com o mundo em que vivemos? Lamentamo-nos de que as coisas vão mal, aceitamos sem recalcitrar tudo o que se sucede à nossa volta… mas… fazemos, realmente, algum esforço para transformar o mundo?! Humm… é difícil… dá trabalho… Eu… ai, como eu sou comodista! Recebemos diferentes dons de Deus, segundo as nossas capacidades. Mas o importante é desenvolvê-los, fazê-los render… não podemos simplesmente guardá-los dentro da nossa “arca”! Não podemos assustar-nos com os problemas do nosso mundo… O que importa é contribuir para mudar para melhor o nosso mundo, na medida das nossas possibilidades. Todos podemos fazer algo… tornar este mundo um pouco mais acolhedor, mais humano… Todos podemos prestar alguma pequena ajuda aos outros… De nós depende que haja mais justos e bons! “ Era uma vez um homem como todos os outros. Um homem normal. Com qualidades e defeitos. Não era diferente. Mas um dia bateram-lhe repentinamente à porta. Quando abriu, encontrou os seus...

Não Tenho Tempo!

Sabes meu filho, até hoje não tive tempo para brincar contigo... Arranjei tempo para tudo, menos para te ver crescer! Nunca joguei contigo dominó, damas, xadrez ou batalha naval... Eu percebo que tu me procuras, mas sabes meu filho, eu sou muito importante e não tenho tempo! Sou importante para números, convites sociais e toda uma série de compromissos inadiáveis! Como largar tudo isto para ir brincar contigo? Não... não tenho tempo! Um dia trouxeste o teu caderno escolar para eu ver, e ficaste ao meu lado. Lembras-te? Não te dei atenção e continuei a ler o jornal. Porque afinal, afinal os problemas internacionais são mais sérios do que os da minha casa! Nunca vi os teus livros e nem conheço a tua professora. Nem me lembro qual foi a tua primeira palavra! Mas tu sabes eu não tenho tempo! De que adianta saber as mínimas coisas a teu respeito, se eu tenho outras grandes coisas a saber? É incrível... como tu cresceste! Estás tão alto! Nem tinha reparado nisso! Aliás, eu quase que não repa...