Em 2050 os habitantes do planeta com mais de 60 anos ultrapassarão a percentagem dos menores de 15 anos. Esta situação constitui um novo dado demográfico mundial e colocará desafios importantes a nível político, económico e social.
As mudanças que se desenham têm consequências relevantes em que importa reflectir. Dentro de 50 anos, em alguns países europeus, os idosos poderão representar o dobro da população jovem.
Se até aqui o envelhecimento da população parecia ser uma questão que afectava sobretudo os países desenvolvidos devido ao decréscimo das taxas de natalidade e à progressão constante da esperança de vida da população, a situação alterou-se. Prevê-se que os países em vias de desenvolvimento venham a ser bruscamente colocados perante o mesmo problema, onde as taxas de pobreza são importantes e a segurança social ainda nem sequer é uma realidade para a população. O número de trabalhadores com segurança social em todo o mundo não chega a atingir os 20%. O que deixa indiciar a possibilidade de os idosos estarem cada vez mais entregues a si próprios.
Está, pois, em causa a necessidade de se repensar uma sociedade mais integrada, capaz de encontrar um justo lugar para jovens, adultos, idosos, homens e mulheres.
O que se trata é de assumir que o envelhecimento é um sucesso da Humanidade e não um erro.
(adaptação do texto “Por um novo modelo social” de Carlos Camponez)
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