Há alguns anos atrás foi realizada em França uma experiência insólita.
Num famosa loja parisiense foram colocados nas prateleiras produtos que tinham sido retirados dos contentores do lixo, depois de devidamente limpos e acondicionados, e com a respectiva etiqueta.
Sucesso total da operação! Empregados e clientes de nada se aperceberam no meio das luzes e do brilho. Tais produtos depressa desapareceram, apesar de custarem “os olhos da cara”. E viva a sociedade do consumo!
Que lição tirar desta experiência rara e cómica?
Vale a pena voltar atrás e olhar para os presentes de Natal que recebemos. E lembrar também os presentes que oferecemos aos nossos familiares e amigos. A maioria deles já perdeu o brilho e o fascínio do primeiro momento. Quantos não terão já ido parar, senão aos contentores do lixo, às prateleiras das coisas supérfluas ou do esquecimento!
Diz-se que o lixo que os habitantes da cidade americana da Manhattan lançam diariamente nos contentores do lixo daria para alimentar cidades inteiras dos países pobres.
Com toda a certeza o que nós deitámos ao lixo neste tempo natalício daria também para alimentar, senão tantas, ao menos algumas dessas cidades. Caiu o pano sobre as festas natalícias. Mesmo depois de apagadas as luzes não é tarde demais para reflectir.
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