Avançar para o conteúdo principal

Aproximemo-nos... e Socializemos!

"Mas eu calei-me, pensando que poderia ter dito algo de errado!..."

Quantas vezes sentimos nós este receio, este embaraço na presença das pessoas que não conhecemos? Tantos são os momentos que desejamos dizer algo espirituoso, para nos tornarmos simpáticos, agradáveis... mas simplesmente nada de especial nos lembramos!... E até em ocasiões importantes, em entrevistas para empregos, por exemplo, onde nos esforçamos por causar boa impressão... acabamos por ficar, por vezes, com a sensação que "trocámos os pés pelas mãos"... Permanecemos então fechados no nosso "casulo" protector!! Em todo o lado, de facto, onde poderemos encontrar gente interessante, nem sempre conseguimos dominar as nossas inseguranças, que nos impedem de iniciarmos uma proveitosa conversa e, com ela, alargar o nosso círculo de relações e enriquecer a nossa existência.

Recordando algumas frases sabias, soltas aqui e li... e baseando-me nas próprias experiências... foi fácil perceber que poderemos aprender a tirar o máximo partido de encontros casuais, de diálogos que poderão constituir momentos inesquecíveis!
Não há desconhecidos no Mundo - há apenas amigos à espera de serem encontrados.
Quem sabe se um conhecimento casual se pode transformar numa amizade para toda a vida?!
Reflectindo melhor... quase todos os nossos amigos, namorados, não foram já desconhecidos para nós?
E, na realidade, o encanto de um desconhecido reside precisamente no facto de não o conhecermos; é como uma constante abertura de embrulhos de presentes: não temos nenhuma ideia do que lá está dentro! Um desconhecido pode, de algum modo, contribuir para adquirirmos novos conhecimentos... Uma pessoa que não conhecemos pode até ensinar-nos algo sobre nós próprios... e vice-versa!
Algures, alguém que esteja ao nosso lado, embora desconhecido, poderá estar a experienciar, nas mesmas circunstâncias, exactamente a mesma dificuldade que nós! Num jantar, por exemplo, pode estar a pensar: "Sou demasiado tímido/a para me integrar neste grupo" ou, pelo contrário: "A maioria das pessoas parece considerar aborrecido este tipo de festas, mas eu adoro-as!" Então... para quê complicar? Há motivos para ter medo? De quê?!! Humm... o ideal não será, simplesmente, exprimir honestamente o que se sente? O que quer que se tenha para dizer, que se diga, sem complexos, à primeira pessoa que pareça preparada para nos ouvir! Difícil?! Pois... Mas... possivelmente poderemos encontrar, mais vezes do que imaginamos, eco para as nossas sensações! O melhor conversador é aquele que tem a capacidade e a coragem de ser honesto. E, é claro, a outra pessoa sentir-se-á livre para dizer também o que está a pensar e/ou a sentir!
Depressa nos descobrimos nos outros! Na melhor das hipóteses, é um encontro de sentimentos e de mentalidades que, a partir desse momento, passará a fazer parte integrante da nossa vida!... Pois, por muito diferentes que de início nos possam parecer os outros seres humanos, deixamos de os ver como estranhos e passamos a vê-los antes como pessoas preocupadas, sofredoras, curiosas, divertidas,... - tal como nós próprios. E porque os outros podem estar tão curiosos em relação a cada um de nós, assim como cada um de nós em relação aos outros... todos podemos e devemos estar atentos aos nossos semelhantes, pois temos muito para dar e receber!... A verdade é que a maioria das pessoas é interessante!
Que tipo de pessoa é? Que história tem para contar? Como é o seu dia de trabalho? E quando nos retratamos mutuamente, com honestidade, sem outro objectivo que não seja o de compreendermos e sermos compreendidos, estamos a aprofundar uma boa e saudável relação humana! Além disso um conhecimento sempre nos transforma... se quisermos... para melhor!

"Há sempre qualquer coisa maravilhosa em cada imperfeito, confuso, indeciso ser humano."
(Dorothy Sarnoff)

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Blogger: Aqui é melhor não!

O Comittee to Protect Journalist , uma ONG que defende os jornalistas e a liberdade de imprensa, elaborou um relatório sobre os piores países para exercer a actividade de "blogger". Países como a Birmânia, Irão, Síria, Cuba, Arábia Saudita, Vietname, Tunísia, China, Turquemenistão e Egipto, para só apontar os piores entre os piores, exercem verdadeira caça aos bloggers. Desde polícia on-line, obrigatoriedade de registo no Ministério da Cultura, cibercafés com ficha individual dos clientes, lista negra de blogues, monitorização de correio electrónico, entre outras medidas restritivas, tudo é utilizado para bloquear o livre acesso e a divulgação de informação. Aqui neste cantinho à beira-mar plantado, e já lá vão os tempos da CENSURA (pelo menos da censura directa...), nós que desejamos tão somente fazer deste blogue " ...um espaço aberto a Críticas Construtivas, onde todos possamos abanar a Sensibilidade e a Sensatez da Raça Humana... ", ficamos estupefactos e incré

Em Vida, Irmão, Em Vida

Se quiseres fazer feliz alguém a quem amas muito, diz-lho hoje, sê bom... Em vida, irmão, em vida. Se desejas dar uma flor, não esperes que morram, manda-a hoje com amor... Em vida, irmão, em vida. Se desejas dizer "gosto de ti" às pessoas de tua casa e ao amigo próximo ou afastado... Em vida, irmão, em vida. Não esperes que as pessoas morram, para lhes quereres bem e fazer-lhes sentir o teu afecto... Em vida, irmão, em vida. Tu serás muito mais feliz, se aprenderes a fazer felizes a todos os que conheceres... Em vida, irmão, em vida. Nunca visites panteões, nem enchas túmulos de flores, enche corações de amor... Em vida, irmão, em vida.   (do livro “Parábolas Como Setas”, de Manuel Sánchez Monge)

Um dia todos nós temos o mundo nas mãos…

Vamos reflectir sobre a nossa relação com o mundo em que vivemos? Lamentamo-nos de que as coisas vão mal, aceitamos sem recalcitrar tudo o que se sucede à nossa volta… mas… fazemos, realmente, algum esforço para transformar o mundo?! Humm… é difícil… dá trabalho… Eu… ai, como eu sou comodista! Recebemos diferentes dons de Deus, segundo as nossas capacidades. Mas o importante é desenvolvê-los, fazê-los render… não podemos simplesmente guardá-los dentro da nossa “arca”! Não podemos assustar-nos com os problemas do nosso mundo… O que importa é contribuir para mudar para melhor o nosso mundo, na medida das nossas possibilidades. Todos podemos fazer algo… tornar este mundo um pouco mais acolhedor, mais humano… Todos podemos prestar alguma pequena ajuda aos outros… De nós depende que haja mais justos e bons! “ Era uma vez um homem como todos os outros. Um homem normal. Com qualidades e defeitos. Não era diferente. Mas um dia bateram-lhe repentinamente à porta. Quando abriu, encontrou os seus