«Como sempre, como em todos os dias, fui comprar o jornal num posto de venda, próximo da minha casa. Naquele dia, acompanhava-me um amigo. Como sempre, saudei o vendedor com um "Bom dia!", a que ele, como sempre, não respondeu. Pedi o jornal e, como sempre, com cara de poucos amigos, deu-mo displicentemente. Disse-lhe "obrigado", como sempre. E ele, como sempre, nem olhou para mim. O meu amigo, no regresso, disse-me: - Que senhor tão antipático! - Sim, - respondi - é sempre assim! - Como? - disse ele - Trata-te sempre assim e tu ainda vens cá, e lhe agradeces?! - Sim, - respondi-lhe - eu decido o que faço! Não quero deixar as minhas decisões na sua antipatia ou no que ele faça ou deixe de fazer. Além disso, quem sabe porque é que ele tem esse feitio? Deve ser muito infeliz por ser assim. Como vou fazê-lo ainda mais, se não vier cá comprar-lhe o jornal e não o cumprimentar? - Seja como quiseres, - disse-me o meu amigo - mas eu iria comprá-lo a outro lado! - Essa é um...
...um olhar atento sobre o Mundo que nos rodeia...